Apêndice Um
Perguntas e Respostas

Um dos momentos mais significativos em nossas reuniões é o período de perguntas e respostas. Muitos fazem perguntas bem provocativas, que mostram que estavam pensando seriamente sobre as implicações da mensagem que acabaram de ouvir. Algumas perguntas procuram detalhes sobre a nossa política e práticas no campo missionário. Certas questões são muito repetidas, e minhas respostas são as seguintes.

Pergunta: Quais são as qualificações dos missionários que vocês mantêm?
Resposta: Estamos procurando por aqueles que tem uma chamada definida em suas vidas para irem as áreas menos alcançadas para evangelizarem e plantarem igrejas. Não é um emprego. Um mercenário desiste quando as coisas ficam difíceis. Nosso compromisso é treinar e enviar homens e mulheres que procuram apenas a aprovação de Deus e a glória de Deus, aqueles que não serão comprados com dinheiro ou que estejam procurando dinheiro, até mesmo na obra de Deus.
Eles devem também ser pessoas de integridade na área de compromisso com a Palavra de Deus e ter uma doutrina correta, desejando obedecer as Escrituras em todos os assuntos sem questionamentos. Eles devem manter um testemunho acima de reprovação, tanto no seu andar com o Senhor como também com suas famílias.
Procuramos por aqueles que estão desejando trabalhar duro para alcançar os perdidos dentro e fora da área da missão na qual eles estiverem colocados. Cada missionário também é um pastor do rebanho que o Senhor estabelece. Ele protegerá esses crentes novos e os guiará para a maturidade em Cristo, através de ensinar a Palavra de Deus e equipá-los para ganhar os perdidos nessas regiões.

Pergunta: A quem os missionários nativos prestam contas?
Resposta: Tomamos vários passos para nos assegurar que nosso sistema de prestação de contas opere sem falhas. Em cada área, os missionários se reúnem, pelo menos, uma vez por mês para alguns dias de oração e jejum e para compartilharem juntos enquanto eles edificam o reino nos seus respectivos lugares no campo. Em todos os casos, os missionários nativos são supervisionados pelos anciãos indígenas locais sob quem eles trabalham. Por sua vez, esses líderes de campo gastam muito tempo se reunindo com líderes espirituais mais experientes. Esses líderes que supervisionam o ministério são homens de integridade e testemunho tanto em suas vidas como no ministério por muitos anos.



Pergunta: Os registros financeiros passam por alguma auditoria no campo?
Resposta: Sim, os registros financeiros são inspecionados por nossos escritórios administrativos de campo para assegurar que os fundos sejam usados de acordo com os propósitos pretendidos. Uma prestação de contas detalhada por escrito é requerido para os projetos tais como as cruzadas nos vilarejos, conferências de treinamento e programas especiais. Os fundos de sustento ao missionário são designados e recebidos tanto pelos líderes quanto pelos missionários envolvidos, e essas entradas são averiguadas. Todo registro financeiro no campo também passa por uma auditoria pública independente todos os anos.

Pergunta: Parece que a janela 10/40 tem se tornado o foco da maioria das organizações missionárias. Qual é a perspectiva da Gospel for Asia em atingir os grupos de povos não-alcançados na janela 10/40?
Resposta: Na minha língua nativa existe este velho ditado: “nenhuma figura de vaca num livro sairá e comerá qualquer grama”. Tem havido uma tremenda quantidade de conversas e toneladas de informação sendo bombeada com relação a janela 10/40 e quanto aos mais de 2 bilhões de pessoas esperando para ouvir o Evangelho. Precisamos nos mover da informação para a implementação se quisermos ver essas pessoas alcançadas com o Evangelho.
Noventa e sete por cento dos povos ainda não-alcançados do mundo vivem nesse tão chamado “Cinturão Resistente”. Essa região específica tem se tornado cada vez mais conhecida como a janela 10/40. Uma olhada mais de perto para a janela 10/40 nos mostra que há mais grupos de pessoas não-alcançadas no norte da Índia do que qualquer outra parte da terra.
A missão Gospel for Asia tem mais de 25 anos e agora sustenta mais de 14.000 missionários nativos. Esses obreiros vivem em alguns dos países asiáticos mais necessitados, os quais na sua maioria estão localizados na janela 10/40.
Apesar de que desde o nosso início temos estado trabalhando entre os povos não-alcançados nessa parte do mundo, tem sido somente nos 10 anos passados aproximadamente que temos afiado nossa estratégia para atingir os menos alcançados.
Próximo do fim do século 20, planos e estratégias sérias foram desenvolvidas pelo mundo inteiro por muitas denominações e agências para tentar e terminar a tarefa do evangelismo mundial ainda no ano 2000.
Tudo isso foi excitante; mas até mesmo depois de diversos anos na década passada, quanto progresso tem sido feito? Em 2000 houve 155 oportunidades de discipulado – apelos ou convites para tornar discípulos de Cristo – por habitante do globo. Infelizmente, 84 por cento desses convites foram estendidos a pessoas que clamam ser cristãs e 15.9 por cento das pessoas que já tinham sido evangelizadas mas ainda não eram cristãs. Somente 0.16 por cento foi estendido a indivíduos que nunca ouviram as Boas-novas.
O ano 2000 chegou e se foi. Alguma coisa mudou? Sim – e não. As estratégias e iniciativas trouxeram uma grande preocupação e motivação para atingirmos os não-alcançados. Mas hoje o alvo permanece evasivo e ainda para ser cumprido.
Creio de todo o meu coração que ao menos que revertamos esses números imediatamente através de separar a maioria dos nossos recursos diretamente para a janela 10/40, numa parceria menos egoísta uns com os outros, e achando mais boa vontade entre as igrejas locais para sustentar e encorajar os movimentos de missionários nativos indígena, outro ano chegará e irá e nada terá acontecido!
Essa é a razão porque o Senhor tem deixado impresso no nosso coração que devemos acreditar nEle para ver 100.000 missionários adicionais recrutados e treinados para o evangelismo e para a plantação de igrejas nestas áreas menos alcançadas.
E só de olhar para o que Deus tem feito através de nossas 54 faculdades bíblicas durante esses poucos anos atrás, estamos convencidos que pela graça de Deus seremos capazes de mobilizar pelo menos 100.000 soldados radicais no coração da janela 10/40 e atingirmos os menos alcançados.

Pergunta: Como os evangelistas missionários nativos são treinados?
Resposta: A missão Gospel for Asia tem estabelecido 54 faculdades bíblicas no coração da janela 10/40. Atualmente, mais de 8.000 alunos estão matriculados, que depois irão as áreas não-alcançadas para plantar igrejas.
O treinamento desses alunos é intensivo. O dia deles começa as 5:00 da manhã. A primeira hora é gasta em oração e meditação na Palavra de Deus. O ensino e treinamento prático continua através do dia. Perto das 11 da noite o dia deles termina.
Todas as noites de sexta-feira são separadas para o jejum e pelo menos duas horas a mais de oração. Cada final de semana os alunos vão aos vilarejos vizinhos para evangelismo. Geralmente antes do fim do anos escolar, eles tem iniciado dezenas de igrejas nos lares e postos missionários através desses ministérios de evangelismo de final de semana. Antes deles terminarem seu treinamento de três anos, cada aluno terá lido a Bíblia inteira pelo menos três vezes.
Os alunos gastam a primeira sexta-feira de cada mês orando a noite inteira, orando especialmente pelos grupos de pessoas não-alcançadas e outras nações. Através desses períodos de oração, a realidade do mundo perdido se torna bem real em seus corações. Por todo o período de três anos no seminário, é dado a cada aluno a oportunidade de orar por dezenas de grupos de pessoas não-alcançadas. Ao mesmo tempo, cada um procura a face de Deus quanto ao lugar que Ele deseja que vão ser missionários.
Em tudo do nosso treinamento, nossa primeira prioridade é ajudar esses alunos a tornarem-se mais como Cristo no seu caráter e natureza. A coisa mais importante que queremos ver acontecer é que eles conheçam o Senhor intimamente em suas vidas. Segundo, nós procuramos ensiná-los a Palavra de Deus de tal maneira que eles sejam bem equipados, não apenas para fazer o trabalho de evangelismo, mas também para serem pastores eficazes e professores nas igrejas que eles estabelecem. Um curso de estudo indutivo da Bíblia é exigido para a formatura. Terceiro, durante seus três anos, os alunos recebem uma quantidade tremenda de treinamento prático para todos os aspectos do ministério, incluindo evangelismo pessoal, como desenvolver uma congregação, e outras áreas do cuidado pastoral, para ajudá-los a serem eficazes na obra do Senhor.

Pergunta: Muitas agências missionárias parecem focar somente no evangelismo, mas não se envolvem seriamente em plantar igrejas, como Jesus ordenou na Grande Comissão. A GFA está apenas concentrada em evangelismo, ou vocês são organização que planta igreja?
Resposta: Alcançar os menos alcançados em nossa geração – essa visão poderosa é o propósito singular que Deus deu a missão Gospel for Asia desde o nosso início.
Como possivelmente poderíamos cumprir nosso chamado? Os grupos de pessoas menos alcançados vivem na janela 10/40, em nações que restringem severamente ou que estão fechadas aos missionários estrangeiros. O Senhor claramente nos dirigiu a usar a aproximação mais eficaz dentro dessas circunstâncias: ajudar os nacionais a alcançar o seu próprio povo e cumprir a Grande Comissão como ordenada em Mateus 28: 19-20. Eles fazem isso tão bem dentro da cultura, próximo a cultura e trans-culturalmente.
Sem dúvida o Senhor tem tido Sua mão em cada estágio do crescimento da GFA – do nosso pequeno começo, sustentando uns poucos obreiros no campo, provendo as ferramentas, tais como literatura e bicicletas, então as vans, os filmes, os projetores e geradores. Então começamos adicionar milhares de missionários nativos em sete nações diferentes a nossa lista de sustento e estabelecer uma rede de obreiros, coordenadores e um sistema de prestação de contas.
O Senhor capacitou a GFA a começar uma estação de rádio numa língua indiana e a criar um sistema de discipulado. Desde então, aquilo tem expandido para 83 estações de rádio, ouvidas diariamente por milhões de pessoas. Como uma parte do discipulado, a GFA começou produzir e distribuir livros, folhetos e outras literaturas.
Para mobilizar centenas de novos obreiros para os campos pioneiros da Asia, a GFA começou um curso de treinamento missionário intensivo de três meses e agora tem lançado 54 faculdades bíblicas e um seminário de três anos.
Essas escolas anualmente produzem milhares de novos obreiros para irem aos campos missionários aos não-alcançados. Como um resultado direto, a GFA tem começado um ministério de plantação de igrejas chamadas “Believers Church” (igreja dos crentes). Esse ministério é especificamente estabelecido para cuidar dos novos convertidos ganhos pelos obreiros que foram enviados de nossas faculdades.
No passado, todos esses progressos dentro da Gospel for Asia pareciam como peças de quebra-cabeças não relacionadas. Mas agora vemos que cada fase do crescimento e expansão da GFA era parte de um plano estratégico. Foi a preparação de Deus de trazer esse ministério para um ponto no qual Ele poderia nos comissionar a treinar e enviar 100.000 obreiros e plantar igrejas na maioria das áreas da janela 10/40.
Nunca imaginamos que poderíamos chegar a um círculo completo: de uma organização de sustendo e levantamento de fundos para um movimento de treinamento e plantação de igrejas!
Veja, no começo procurávamos apenas identificar e sustentar os grupos indígenas existentes que estavam atingindo os não-alcançados em suas próprias culturas ou numa cultura próxima. Nós os auxiliávamos tanto quanto podíamos provendo ajuda financeira e ferramentas para o ministério.
A nova direção para nosso ministério veio durante uma reunião dos líderes pivôs da GFA na Índia em 1988. Vinte e cinco dos nossos líderes se reuniram para um tempo de avaliação séria e introspecção para discernir se estávamos realmente atingindo os não-alcançados com nossos esforços.
Nossa pesquisa revelou uma dura realidade. A força missionária existente não estava atingindo o alvo eficazmente dos que nunca ouviram o Evangelho. Naquele dia, depois de muita oração, chegamos ao consenso que o Senhor nos chamava para começar uma nova fase no ministério. Como resultado, tomamos uma decisão muito consciente e deliberada de treinar missionários nativos e então enviá-los para plantar igrejas locais.
Dessa maneira é que as 54 faculdades bíblicas vieram a existir. Essa é a razão, porque nos vilarejos onde ninguém alguma vez tinha ido com o nome de Jesus, nossos formados e obreiros tem agora plantado mais de 21.000 comunidades nestes últimos anos.
Como uma missão temos completado o círculo, e nos regozijamos sobre os frutos que já temos visto. Mas a maioria do trabalho ainda está para ser feito! Milhões estão desesperadamente esperando ouvir o Evangelho.
Estamos determinados a nos mover adiante, acreditando que o Senhor vai realmente nos capacitar a enviar 100.000 obreiros para os campos que estão amadurecendo na Ásia.

Pergunta: Quais são os métodos usados pelos missionários nativos?
Resposta: Apesar que filmes, rádio, televisão e vídeo estão se tornando mais comuns na Ásia, os métodos mais eficazes ainda parecem mais como se viessem do livro de Atos!
O evangelismo mais eficaz é feito cara a cara nas ruas. A maioria dos missionários nativos andam ou vão de bicicleta entre cada vilarejo muito parecido com o que o Circuito de Viajantes dos Metodistas fizeram nos dias dos Fronteiras da América.
Pregação nas ruas e evangelismo ao ar-livre, geralmente usando megafones, são as maneiras mais comuns de proclamar o Evangelho. Algumas vezes os evangelistas programam paradas de testemunhas e/ou campanhas em tendas e distribuem folhetos evangelísticos simples durante as cruzadas de uma semana nos vilarejos.
Porque a maioria dos 1 bilhão de analfabetos do mundo vivem na Ásia, o Evangelho freqüentemente deve ser proclamado a eles sem o uso da literatura. Isso é feito através de mostrar o filme sobre a vida de Jesus e também usando fitas cassetes, cartazes com figuras e outras ferramentas visuais para comunicar o Evangelho.
Caminhões, vans, um sistema simples de alto-falantes, bicicletas, folhetos, panfletos, livros, faixas e bandeiras são as mais importantes ferramentas para nossos missionários. Fácil de usar e dar treinamento, elas estão agora sendo suplementadas com os programas de rádio, os toca-fitas, projetores de filmes e pela televisão. Esses tipos de ferramentas de comunicação estão disponíveis na Ásia por um baixo custo e podem ser adquiridas no local sem custos de alfândega. Além disso, os evangelistas nativos estão familiarizados com eles, e eles não causam um choque cultural.

Pergunta: Com a sua ênfase no movimento missionário nativo, vocês sentem que ainda há lugar para o missionário ocidental na Ásia?
Resposta: Sim, ainda há lugares para os missionários ocidentais.
Primeiro, ainda há países sem nenhuma igreja da onde poderiam sair missionários nativos. Marrocos, Afeganistão e as ilhas Maldivas vêm à mente. Nesses lugres, os missionários vem do estrangeiro – tanto se do ocidente, da África ou da Ásia – é uma boa maneira para o Evangelho ser espalhado.
Segundo, os crentes do ocidente tem ferramentas tecnológicas que podem ser necessárias por seus irmãos e irmãs nas igrejas do Terceiro Mundo. A obra dos tradutores do Instituto Bíblico Wycliffe é um bom exemplo. A ajuda deles nos esforços de tradução nas mais de 6.800 línguas que ainda não têm uma Bíblia não tem preço. Assim, quando as igrejas do Terceiro Mundo convidam os ocidentais para virem e ajudarem, e o Senhor está nisso, os ocidentais obviamente deveriam responder.
Terceiro, há experiências de discipulado de curto-período que eu penso ser de valor especial. As organizações como a Operação Mobilização e Jovens Com Uma Missão tem tido um impacto catalisador tanto na Ásia como nas igrejas do ocidente. Há ministérios de Discipulado-Edificação que beneficiam os participantes ocidentais tanto quando os milhões não evangelizados da Ásia. Eu pessoalmente fui recrutado pelos missionários da Operação Mobilização em 1966 para ir ao Norte da Índia.
Através de contatos inter-raciais e transculturais, tais ministérios são especialmente úteis por permitirem aos ocidentais terem um melhor entendimento da situação na Ásia. Os formados destes programas estão ajudando outros no ocidente a entenderem as necessidades reais do Terceiro Mundo.
E, é claro, há o simples fato que o Espírito Santo realmente chama indivíduos de uma cultura para testemunhar para outra. Quando Ele chama, deveríamos, através de todos os meios, responder.

Pergunta: Por que as igrejas indígenas não sustentam seus próprios missionários nos países do Terceiro Mundo?
Resposta: Eles o fazem. De fato, creio que a maioria dos crentes da Ásia dão muito mais do seu sustento para missões do que os ocidentais. Várias dezenas de vezes tenho visto eles darem ovos, arroz, mangas, mandiocas, porque eles freqüentemente não tem salário. A questão do problema é que a maioria das igrejas que estão em crescimento na Ásia são feitas de pessoas que vem das massas pobres. Freqüentemente eles simplesmente não tem dinheiro. Essas pessoas estão entre aquele um quarto da população do mundo que vivem com menos de $ 1por dia.
Muitas vezes descobrimos que um evangelista missionário bem sucedido será quase debilitado pelo crescimento rápido de seu ministério. Quando um grande mover do Espírito Santo ocorre num vilarejo, o missionário bem sucedido pode descobrir que ele tem diversos co-obreiros cheios de dons e treinados como “Timóteos” que estão prontos para estabelecer congregações irmãs. Contudo, o crescimento rápido quase sempre ultrapassa a habilidade da congregação original de sustentar obreiros adicionais. Assim é como a ajuda de fora é vitalmente necessária.
Enquanto o Espírito de Deus continua a se mover, muitas equipes novas de missões estão sendo formadas. Algumas das sociedades missionárias maiores do mundo estão localizadas na Ásia. Por exemplo, a Gospel for Asia sozinha sustenta mais de 14.000 missionários nativos – e esse número está crescendo numa média de impressionar. Mas à luz da necessidade, nós literalmente precisamos de centenas de milhares a mais de missionários que, por sua vez, vão requerer mais sustento dos de fora.
Lamentavelmente, há algumas igrejas indígenas que não sustentam os evangelistas nativos pelas mesmas razões que algumas congregações ocidentais também não dão – falta de visão e pecado nas vidas dos pastores e das congregações. Mas isso não é desculpa para os cristãos ocidentais sentarem lá atrás e perderem a maior oportunidade que já tiveram de ajudar a ganhar um mundo perdido para Jesus.

Pergunta: Há algum perigo dos doadores para o missionário nativo ter um efeito reverso causando aos evangelistas nativos um dependência do ocidente para o sustento ao invés de olharem para as igrejas locais?
Resposta: A verdade, é claro, que não é o dinheiro de fora que enfraquece uma igreja em crescimento, mas o controle de fora. O dinheiro do ocidente realmente libera os evangelistas de imediato e torna possível a eles seguirem o chamado de Deus.
Depois de gerações da dominação dos colonialistas ocidentais, a maior parte dos asiáticos estão agudamente cônscios do problema potencial do controle estrangeiro através do dinheiro que vem de fora. Freqüentemente isso é trazido nas discussões pelos líderes missionários nativos e a maioria dos grupos missionários nativos tem desenvolvida políticas e práticas para providenciar uma prestação de contas sem o controle do estrangeiro.
Na Gospel for Asia, temos tomado diversos passos para dar certeza que os fundos cheguem ao evangelista missionário local de uma maneira sem destruir a autonomia local que existe.
Primeiro, nosso processo de seleção e treinamento é designado para favorecer os homens e mulheres que começam com uma atitude certa – missionários que sejam dependentes de Deus para seu sustento, ao invés de dependerem do homem.
Segundo, não há uma supervisão direta ou indireta do trabalho pelos mantenedores ocidentais. O doador dá o dinheiro do Senhor para o missionário através da Gospel for Asia, e nós, no que nos compete, enviamos o dinheiro para um grupo de líderes indígenas que supervisionam as ofertas financeiras em cada campo. Portanto, o evangelista nativo é tirado duas vezes da fonte dos fundos. Esse proceder está sendo seguido por diversas organizações que tem levantado fundos no ocidente para o sustento dos nativos, e parece funcionar muito bem.
Finalmente, tão logo quanto uma obra possa ser estabelecida, os missionários nativos são capazes de começar um ramo para evangelizar pelos vilarejos ao redor que ainda não foram alcançados. As novas congregações que ele estabelece eventualmente ganhará estabilidade financeira suficiente para sustentá-lo integralmente enquanto ainda dá sacrificialmente para sustentar o evangelismo. Eventualmente, tenho certeza que as igrejas nativas serão capazes para sustentar a maior parte do evangelismo pioneiro, mas a tarefa é grande demais agora sem a ajuda do ocidente.
A maneira mais rápida de ajudar as igrejas asiáticas a se tornarem auto-sustentadas, creio eu, é sustentar um movimento de missionário nativo. Enquanto as novas igrejas são plantadas, a benção do Evangelho transbordará, e os crentes novos asiáticos serão capazes de sustentar um alcance maior. O dinheiro de doadores é como investimento de capital na obra de Deus. A melhor coisa que podemos fazer para ajudar a tornar a igreja da Ásia independente agora é sustentar o maior número possível de missionários nativos.
Pergunta: Como a Gospel for Asia pode sustentar um evangelista missionário nativo com apenas $ 1.080 até $ 1.800 por ano quando minha igreja diz que leva mais de $ 50.000 por ano para sustentar um missionário ocidental no campo?
Resposta: Há uma grande diferença entre morar no mesmo nível de um camponês asiático – como os evangelistas nativos fazem – e viver, até modestamente, no padrão ocidental. Na maioria das nações nas quais sustentamos missionários locais, eles são capazes de sobreviver até com dois ou quatro dólares por dia. Na maioria dos casos, isso é aproximadamente o mesmo da renda per capita do povo com quem eles estão ministrando.
Um missionário ocidental, contudo, tem que encarar muitos custos adicionais. Esse incluem transporte aéreo internacional, o embarque de muitas posses para o campo, escola de línguas, escolas especiais de língua inglesa para os filhos, e moradia no estilo ocidental. Os missionários nativos, por outro lado, vivem nos povoados no mesmo nível dos outros na comunidade para quem eles estão procurando alcançar para Cristo.
Os missionários ocidentais também tem que encarar os vistos e outras taxas legais, custos de comunicação com os doadores, cuidados médicos extras, deveres de importação e requerimentos para pagarem taxas no seu país de origem. O custo da comida pode ser muito elevado, especialmente se o missionário querem agradar outros ocidentais, empregados para cozinhar ou se comem alimentos importados.
Freqüentemente, os governos anfitriões requerem dos missionários estrangeiros que paguem taxas especiais ou que façam um relatório, geralmente com algum pagamento exigido.
Roupas, tais como sapatos e vestes ocidentais importadas, tem um custo elevado. Muitos missionários nativos escolhem andar de chinelos e a se vestirem como as pessoas locais fazem.
Para uma família missionária do ocidente com filhos, a pressão é intensa para manter um viver semelhante ao estilo ocidental. Freqüentemente isso é ampliado pela mesma pressão das escolas privadas onde outros alunos são os filhos e filhas de homens de negócios ou diplomatas.
Finalmente, as férias e as viagens pelo país, ou turismo não são considerados essenciais pelos missionários nativos enquanto o são pela maioria dos ocidentais. O custo dos livros importados em Inglês, dos periódicos, das fitas cassetes e dos vídeo tapes também é uma despesa grande que não faz parte do estilo de vida dos missionários nativos.
O resultado de tudo isso é que os missionários freqüentemente precisam de 30 ou 40 vezes de mais dinheiro para seu sustento do que o missionário nativo precisa.

Pergunta: Parece como se eu estivesse tendo apelos todos os dias de boas organizações cristãs. Como posso saber quem está genuinamente e realmente no centro da vontade de Deus?
Resposta: Muitos cristãos recebem cartas de apelo todos os meses de todos os tipos de organizações religiosas. Obviamente, você não pode responder a todos os apelos, portanto, que critério você deveria usar para tomar sua decisão? Aqui vão algumas diretrizes que temos desenvolvido para dar a missões, as quais, acredito ajudarão:

· Aqueles que estão pedindo dinheiro acreditam nas verdades fundamentais da Palavra de Deus, ou eles são teologicamente liberais? Qualquer missão que procura levar a obra de Deus deve ser totalmente comprometida com a Sua Palavra. O grupo que está pedindo dinheiro está afiliado com organizações liberais que negam a verdade do Evangelho, mesmo mantendo o nome “Cristão”? Os seus membros abertamente declaram suas crenças? Muitos hoje em dia andam nas áreas cinzas, não tendo nenhum padrão ou tentando ofender o mínimo possível, afim de conseguirem dinheiro de todos, sejam amigos ou inimigos da cruz de Cristo. A Palavra de Deus está sendo cumprida neles: “... tendo aparência de piedade, negando-lhes, entretanto, o poder” (2 Timóteo 3:5).

· O alvo da missão deles é ganhar almas, ou eles são apenas orientados para o evangelho social? O liberal crê que o homem é basicamente bom; portanto, tudo o que é necessário para solucionar seus problemas é mudar seu comportamento. Uma das grandes mentiras que o maligno usa para enviar pessoas para o inferno é, “Como podemos pregar o Evangelho para um homem que está com o estômago vazio?” Contudo, a Bíblia diz que todos – ricos ou pobres – devem arrepender-se e vir a Jesus Cristo ou estar perdido. Você precisa saber qual evangelho está sendo pregado pelo grupo missionário que está pedindo a sua colaboração financeira.

· A organização missionária tem uma prestação de contas financeira? Eles usam o dinheiro com o propósito para o qual o dinheiro está sendo dado? Na Gospel for Asia cada centavo dado para o sustento do missionário é enviado ao campo para este propósito. Nosso escritório é sustentado com os fundos dados para tal propósito. As suas finanças passam por uma auditoria independente de acordo com um proceder aceitável? Eles enviarão uma declaração financeira que tenha passado por uma auditoria a qualquer que requisitá-la?

· Os membros do grupo de missões vivem pela fé ou na sabedoria do homem? Deus nunca muda Seu plano: “O justo viverá pela fé” (Gálatas 3:11). Quando uma missão continuamente envia apelos de crises para sua manutenção ao invés de ser para o evangelismo, algo está errado com ela. Parecem que estão dizendo, “Deus fez um compromisso, mas agora Ele está com problemas, e devemos ajudá-lo a sair do vermelho”. Deus não faz nenhuma promessa que não possa cumpri-la. Se um grupo da missão constantemente implora e pede por dinheiro, você precisa perguntar se eles estão fazendo o que Deus quer que eles façam. Cremos que devemos esperar em Deus por Seu pensamento e fazermos o que Ele nos lidera em fazer, ao invés de dar passos tolos de fé sem Ele ir adiante de nós. Os fins jamais deveriam justificar os meios.

· Finalmente, uma palavra de precaução. Não procure por uma razão para não contribuir na obra de Deus. Lembre-se, devemos dar tudo o que podemos, mantendo apenas o suficiente para ir de encontro as nossas necessidades a fim de que o Evangelho possa ser pregado antes que “...a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9:4). O problema na maioria das vezes não é que damos muito, mas que damos muito pouco. Vivemos na carne e estocamos tesouros nesta terra que logo será destruída, enquanto almas preciosas morrem e vão para o inferno.


Pergunta: Como posso ajudar a sustentar um missionário nativo?
Resposta: Para ajudar a sustentar um missionário nativo através da Gospel for Asia, tudo o que você precisa fazer é o seguinte:

· Visite a Gospel for Asia online na página http://www.gfa.org/. Ou telefone para nós em um dos escritórios nacionais listados no apêndice três. Ou escreva para a Gospel for Asia usando o cupom no fim desse livro.

· Envie sua primeira oferta de amor. A maioria de nossos amigos ajudam sustentar os missionários com $30 por mês.

· Tão logo você receber informação sobre seu missionário, ore por ele e sua família todos os dias.

· Cada mês enquanto você continua a sustentar seu missionário, nós enviaremos a você um recibo pela sua oferta. A parte mais baixa do recibo pode ser enviada de volta no envelope que providenciamos para você enviar sua próxima oferta mensal. Para diminuir os custos não enviamos declarações mensais.
Fonte: "Revolution in World Missions"
Autor: Dr. K.P. Yohannan
Tradução: Hermann & JeffQuevedo

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