Cap. 15

O Verdadeiro Culpado: As Trevas Espirituais

Meus anfitriões numa cidade do sul dos EUA onde eu estava pregando numa conferência missionária tinham generosamente feito uma reserva para mim num quarto de hotel. Foi bom poder ter alguns minutos sozinho, e procurei aproveitar para ter um tempo de oração e meditação nas Escrituras.
Enquanto estava me instalando, liguei o enorme aparelho de TV que dominava o quarto inteiro. O que apareceu na tela me chocou mais do que qualquer coisa que eu já tinha visto na América. Ali em cores bonitas estava uma mulher atraente assentada na posição de lotus ensinando yoga. Eu assistia com horror e perplexidade enquanto ela louvava os benefícios para a saúde dos exercícios de respiração e outros exercícios dessa prática religiosa oriental. O que seus espectadores não sabiam é que a yoga é designada para um propósito apenas – abrir a mente e o corpo para receber a visita de espíritos demoníacos.
Devido ao fato dessa yogi americana estar vestida de terno, dizendo ter doutorado, e estar num programa de TV educacional, presumo que muitos dos telespectadores estavam enganados em acreditar que isso era apenas mais um show de exercícios inofensivo. Mas aqueles de nós nascidos e criados em nações dominadas pelos poderes das trevas sabem que centenas de religiões orientais estão vendendo a si mesmas nos Estados Unidos e Canadá sob nomes de marcas que soam inofensivas, e até mesmo, científicas.
Poucos ocidentais, quando assistem as reportagens da pobreza, sofrimento e violência na Ásia, param e perguntam porque o oriente é escravizado num ciclo sem fim de sofrimento enquanto as nações do ocidente são abençoadas.
Os humanistas seculares são rápidos para desenrolar muitas razões históricas e pseudocientíficas para tal disparidade, pois eles não querem encarar a verdade. Mas a razão verdadeira é simples: a herança judaico-cristã da Europa tem trazido o favor de Deus, enquanto as religiões falsas tem trazido a maldição da Babilônia para todas as nações da Asia.
Os crentes maduros entendem que a Bíblia ensina que há apenas duas religiões nesse mundo. Há a adoração do único Deus verdadeiro, e há um falso sistema de alternativa demoníaca inventada pela Pérsia antiga. De lá, os exércitos persas e os sacerdotes espalharam sua fé à Índia onde criou raiz. Os missionários Hindus por sua vez a espalharam através do resto da Ásia. Animismo, Budismo e todas as outras religiões asiáticas tem uma herança em comum neste sistema religioso único.
Porque muitos ocidentais não estão a par desse fato, as influências demoníacas agora são capazes de espalhar o misticismo oriental no ocidente através da cultura pop, bandas de rock, cantores e até mesmo de professores universitários. A mídia tem se tornado o novo veículo para espalhar a adoração e a idolatria demoníaca através dos gurus americanos.
É duro culpar os cristãos comuns pelo falta de entendimento do que está acontecendo com eles e a herança judaico-cristã que tem trazido tantas bênçãos a sua terra. Muitos nunca tem tirado tempo para estudar e discernir a situação real no oriente. Poucos pastores ou profetas estão soando o alarme.
Na Ásia, a religião da Babilônia está se entrelaçando em cada minuto do dia. Sem Cristo, as pessoas vivem para servir os espíritos demoníacos. A religião está relacionada a todas as coisas, incluindo seu nome, nascimento, educação, casamento, negócios, contratos, viagens e morte.
Porque a cultura e a religião oriental é um mistério, muitas pessoas no ocidente ficam fascinadas por elas sem saber o poder desses demônios para cegar e escravizar seus seguidores. O que rotineiramente segue as religiões misteriosas da Babilônia são a degradação, humilhação, pobreza e sofrimento – até mesmo a morte.
Muitos crentes nos EUA, eu descubro, ficam chocados pelas reportagens vindo da Ásia na TV e na mídia. Os números registrados ficam além da imaginação, e a injustiça, pobreza, sofrimento e violência parecem que não vão parar mais. Todas as coisas do oriente parecem ser misteriosas, e medidas tanto em grande escala quanto por uma apenas, mas tão diferente, que não dá para comparar com nenhuma coisa familiar.
Em todas as minhas viagens, entretanto, tenho descoberto que é extremamente difícil para muitas pessoas se relacionar as necessidades da Ásia. Algumas vezes eu desejo que pudesse pegar numa pá a minha audiência e levá-los numa viagem de seis meses pela Ásia. Mas porque isso não é possível, eu devo usar palavras, fotos, slides e filmes de vídeo para pintar um quadro mais claro. Desde que duas de três pessoas no mundo vivem lá – mais do que as populações combinadas da Europa, África; e das Américas do Norte, Central e do Sul, é importante que tiramos algum tempo para entender a necessidade real.
Do ponto de vista das missões cristãs, esses são mais do que apenas números grandes. A Ásia constitui a vasta maioria dos mais de 2 bilhões de pessoas escondidas que não estão sendo achadas pelos esforços missionários tradicionais e pelo evangelismo em massa feito pela mídia. Eles são os mais perdidos dos perdidos – pegos numa armadilha de densas trevas espirituais.
Quais são os desafios que as missões nativas tem que encarar hoje em dia? Quão reais são as necessidades? Como os cristãos podem ajudar melhor as igrejas asiáticas e seus esforços missionários?
Não estou tentando minimizar as necessidades sociais e materiais das nações asiáticas, mas é importante reenfatizar que o problema básico da Ásia é um problema espiritual. Quando a mídia do ocidente focaliza quase totalmente em nossos problemas de fome, por exemplo mostrando todas aquelas fotos de crianças famintas na TV, é difícil para os americanos não ficarem com a falsa impressão que a fome é o maior problema.
Mas o que é que causa a fome? Os cristãos asiáticos sabem que essas condições horríveis são apenas os sintomas do problema real – escravidão espiritual das filosofias satânicas. O fator chave – e o mais negligenciado – para entender o problema da fome da Índia é o sistema de crenças Hindu e seu efeito na produção de comida. Muitas pessoas sabem das “vacas sagradas” que vagam livremente, comendo toneladas de grãos enquanto as pessoas ao redor morrem de fome. Mas um culpado menos conhecido e mais sinistro é outro animal protegido pelas crenças religiosas – o rato.
De acordo com aqueles que crêem na reencarnação, o rato deve ser protegido como um recipiente adequado para a alma reencarnada no seu caminho para a evolução espiritual final para o Nirvana. Apesar que muitos rejeitam isso e procuram envenenar os ratos, esforços de extermínio em grande escala tem sido obstruído pelos protestos públicos religiosos. Como um estadista da Índia tem dito, “Os problemas da Índia nunca vão acabar até que sua religião mude”.
Os ratos comem ou desperdiçam 20 por cento dos grãos de comida da Índia a cada ano. Uma pesquisa recente no distrito de plantio de trigo de Hapur no Norte da Índia revelou uma média de 10 ratos por casa.
De uma colheita de cereais na Índia, incluindo aveia, trigo, arroz, milho, etc – um total de 134 milhões de toneladas métricas – os 20 por cento perdidos por causa dos ratos amontoam 26.8 milhões de toneladas métricas. O quadro se torna mais compreensivo imaginando um trem de carga carregando essa quantidade de grãos. Com cada vagão levando cerca de 82 toneladas métricas, o trem conteria 327.000 vagões e teria 3.097 milhas. A comida anual de grãos perdidos na Índia encheria um trem mais comprido do que a distancia entre Nova York e Los Angeles.
Os efeitos devastadores do rato na Índia deveria fazer disso um objeto de escárnio. Ao invés disso, por causa da cegueira espiritual das pessoas, o rato é protegido e em alguns lugares, como em um templo a 30 milhas ao sul de Bikaner no Norte da Índia, ele é até mesmo adorado.
De acordo com um artigo no India Express, “Centenas de ratos, chamados ‘Kabas’ pelos seus devotos, saem correndo divertidamente ao redor no complexo do templo e algumas vezes até mesmo ao redor da imagem da deusa Karni Devi que fica numa caverna. Os ratos são alimentados em louvores oferecidos pelos devotos ou pelo gerente do templo. A lenda diz que as fortunas da comunidade estão ligadas aquilo dos ratos.
“Tem que se andar com cuidado através do complexo do templo; pois se um rato for esmagado até a morte, não é só considerado um mau presságio mas também pode levar a um castigo severo. Alguém é considerado sortudo se um rato subir no seu ombro. Melhor ainda se ver um rato branco.
Claramente, a agonia que vemos nos rostos daquelas crianças morrendo de fome e dos mendigos é na verdade causada por séculos de escravidão religiosa. Em minha própria amada terra da Índia, milhares de vidas e bilhões de dólares vão para os programas sociais, para a educação, medicina e para os esforços de socorro todo ano. Muitos dos problemas de crise que são considerados desastres nos EUA seria apenas normal, nas condições diárias da maioria da Ásia. Quando temos desastres no Oriente, a morte faz registros como na Guerra do Vietnã. Os governos da Asia lutam com esses problemas sociais tremendos e limitam os recursos.
Apesar ainda de todos esses programas sociais de massa, os problemas da fome, da população e da pobreza continuam a crescer. O culpado verdadeiro não é uma pessoa, nem a falta de recursos naturais ou um sistema de governo. São as trevas espirituais. Ela obstrui todos os esforços para fazer progresso. Condena nosso povo à miséria – tanto nesse mundo quanto no mundo porvir. A reforma social singular mais importante que pode ser trazida para a Ásia é o Evangelho de Jesus Cristo. Mais de 400 milhões de pessoas do meu povo jamais ouviram o nome de Jesus Cristo. Elas precisam da esperança e da verdade que somente o Senhor Jesus pode prover.
Recentemente, por exemplo, um missionário nativo, que serve o Senhor em Jammu, perguntou a um vendedor no mercado se ele conhecia Jesus. Depois de pensar por um momento, ele disse, “Senhor, conheço todo mundo na nossa vila. Não há ninguém com esse nome por aqui. Porque você não vai para a próxima vila? Pode ser que ele more lá.”
Freqüentemente os evangelistas missionários nativos descobrem pessoas que perguntam se Jesus é a marca de um novo sabão ou de algum remédio.
De fato, na Índia propriamente, há mais do que 1 bilhão de pessoas - 4 vezes a população dos Estados Unidos. Somente 2.4 por cento desses chamam a si mesmos de Cristão. Apesar desse quadro refletir o censo oficial do governo, outras fontes cristãs acreditam que o número seja de 7.4 por cento. Ainda, a Índia, com quase 500.000 vilarejos não evangelizados, é sem dúvida alguma um dos maiores desafios evangelísticos que a comunidade cristã do mundo inteiro tem que encarar hoje. Se a atual tendência continuar, logo será a nação mais populosa do mundo. Muitos dos 29 estados da Índia tem uma população maior do que países inteiros na Europa e em outras partes do mundo.
Não apenas a sua população é enorme, mas cada estado geralmente é tão distinto quanto se fosse um outro mundo. Muitos tem culturas completamente diferentes, vestimentas, comida e língua. Mas poucas nações na Ásia são homogêneas. A maioria é como a Índia em alguns aspectos, como uma colcha de retalhos de muitas línguas, povos e tribos. Essa diversidade, de fato, faz da Ásia um tremendo desafio para a obra missionária.

Fonte: "Revolution in World Missions"
Autor: Dr. K.P. Yohannan
Tradução: Hermann & JeffQuevedo

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